Green Buildings: entenda melhor o conceito por trás dessa tendência

O Green Buildings é um conceito que envolve e se relaciona com o bem-estar populacional e com a preservação do meio ambiente. Isto é, o intuito aqui é diminuir os impactos da urbanização em massa e desenvolver uma maior qualidade de vida.

O que é Green Buildings?

Green Buildings é um termo em inglês para designar, em tradução livre, prédios verdes. Esse conceito pode ser conhecido também como “cortinas verdes” ou “paredes vivas” Essa é uma ideia que se relaciona com desenvolvimento sustentável na construção e na edificação planejada. 

Com o conceito de sustentabilidade cada vez mais presente na sociedade, o Green Buildings deixou de ser uma solução utópica e passou a ser uma tendência. Essa é uma resposta ao grande impacto ambiental causado por esse setor. Dados do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), citados por um estudo sobre o tema, afirmam que a Construção Civil utiliza “75% dos recursos naturais, 20% da água nas cidades, e gera 80 milhões de toneladas/ano de resíduos”.

Em resumo, essas paredes vivas são idealizadas para contribuir com uma construção mais ecológica e evitar esses desperdícios. Aqui o impacto é reduzido em todas as etapas: seja na estruturação do edifício ou após a realização do projeto.

Logo, a construção, ao seguir esse modelo, gerencia a utilização de energia, água, cuida do solo e usa eficiência energética. E durante a produção é preciso estruturar o prédio para continuar sendo feito essa gestão mesmo após a ocupação. Ou seja, o edifício pode ter placas solares, por exemplo.

O intuito desse conceito, além de reduzir os impactos da construção civil, é oferecer uma melhora na qualidade de vida e bem-estar do entorno e daqueles que têm o contato com o projeto ou já tiveram.

E para ser caracterizado como Green Buildings é preciso ter o selo de Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). Essa é uma certificação conferida por Green Building Council (GBC) as edificações que estão em concordância com as condições de aspecto ambiental e energético.

Principais características desse conceito

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A GBC faz a avaliação para a certificação com base em diferentes categorias, sendo as primeiras obrigatórias e as últimas extras. E em cada etapa o projeto arrecada pontos, podendo chegar ao máximo de 110. Aquele que conseguir atingir 40 a 49 pontos receberá o nível Certified. Já entre 50 a 59 pontos recebe o de Silver e o de 60 a 79 é classificado como Gold. Por fim, aquele que recebe mais de 80 é considerado Platinium. 

As características avaliadas são:

 

  • Localização e transporte: aqui é necessário se preocupar com o desenvolvimento compacto realizado pela localização com conexão a parque e restaurantes, e transporte alternativo; 
  • Terrenos sustentáveis: esse diz respeito ao que está em volta do projeto. Ou seja, é preciso reforçar o ecossistema e serviços ecológicos. O objetivo aqui é integrar com projetos locais e regionais de maneira a preservar a biodiversidade;
  • Eficiência Hídrica: o uso interno e externo desse recurso precisa ser especializado e feito por medição, de maneira a conservar a água, focando na eficiência em primeiro lugar;
  • Energia e atmosfera: assim como a anterior, é preciso promover a redução do uso de energia por meio de estratégias do projeto que visam disponibilizar maior eficiência e fontes renováveis;
  • Materiais e recursos: o objetivo é proporcionar um clico de vida duradouro e que melhore o desempenho do projeto ao desenvolver eficiência na utilização dos recursos;
  • Qualidade do ambiente interno: diz respeito a qualidade do ar interno, e ao conforto térmico, visual e acústico para proteger a saúde e a comodidade de quem irá ocupar;
  • Inovação: reconhece tudo aquilo que for inovador e sustentável, tanto na prática quanto nas estratégias;
  • Prioridade Regional: visa incentivar a equipe do projeto a focar nas prioridades locais;
  • Processo integrativo: identifica a sinergia entre os sistemas e processos construtivos.

Os benefícios desse modelo

Só no Brasil, segundo o GBC, em 2015 já havia mais de 950 empreendimentos registrados, com 235 certificados. O país estava na lista de top 5 da de nações que possuem a certificação Internacional LEED. E em 2020 permaneceu nas primeiras posições, já que se encontrava no 4° lugar.

É preciso destacar que aquele edifício que possui essa certificação terá um alto valor agregado. Esses são projeto que têm grande valorização por parte da população aos arredores e por clientes.

As vantagens desse modelo para sociedade estão ligadas ao valor cultural e ambiental. Aqui, ocorre o bem-estar dos clientes, visitantes e trabalhadores da construção. E ainda incentiva mais projetos na comunidade.

Já para as construtoras, a certificação LEED reduz as chances de gastos com multas que abordam características sociais e ambientais. Além disso, ocorrerá uma maior gestão dos resíduos e um melhor reaproveitamento dos materiais. Isso acarretará na redução de desperdícios e aumentará a produtividade e eficiência do projeto.

Como aplicar essa tendência na sua obra?

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Como já foi citado, para aplicar essa tendência na sua obra basta praticar a sustentabilidade em todos os processos e até no ciclo de vida do projeto. Faça o planejamento da estrutura e certifique que ele será feito com base nos princípios ecológicos. 

Vale destacar que o certificado LEED pode ser adquirido em qualquer fase do empreendimento. De todo modo, é necessário, atender aos requisitos primeiro. Logo, é preferível, na fase do planejamento, já organizar os processos e as estruturas para estar em conformidade com as exigências da certificação. 

Então, é preciso evitar resíduos e desempenhar boa gestão dos mesmos para evitar contaminação do solo e da água, por exemplo. Além disso, é indispensável à promoção de economia de tempo, de energia e de mão de obra. 

Ademais, os materiais e insumos utilizados na construção também precisam ser certificados ou responsáveis com a redução do impacto ambiental. Logo, eles devem ser duráveis e recicláveis. 

Os sistemas pré-fabricados são exemplo de materiais para a construção sustentável. Além de reduzir o tempo de entrega e de produção, é reciclável, tem um ciclo de vida alto, reduz a poluição e pertubação no local, oferecendo maior conforto e bem-estar.

E lembre-se de praticar a eficiência energética tanto nos processos construtivos quanto na implementação estrutural da edificação.

Invista em soluções sustentáveis 

O artigo abordou a importância de praticar a sustentabilidade em construções para reduzir o impacto ambiental desse setor, e promover uma sociedade mais ecológica e atenta ao meio ambiente.